Holocausto
A revista Der Spiegel divulgou carta em que a Igreja
Evangélica da Alemanha (EKD) dos anos 60, dirigida ao Governo Federal,
elogia Adolf Eichmann (1906-1962), na foto, organizador do Holocausto.
Segundo a denúncia, “o assassino em massa foi descrito como um ‘homem
com um coração bondoso’”.
A carta tem cerca de 50 anos, mas lança uma luz
negativa sobre a Igreja Protestante, afirmou a revista. As informações
prestadas pela Igreja em 1960 ao governo de Konrad Adenauer aparecem em
documentos do Arquivo Político do Ministério das Relações Exteriores.
Uma carta de William Mensing-Brown, superintendente de
Linz – cidade austríaca em que o assassino em massa havia crescido –
foi enviada ao Ministério das Relações Exteriores referindo-se a
Eichmann como “decente”, um “bom coração” e “com grande disponibilidade
para ajudar”.
Mensing-Brown escreveu que não poderia “imaginar” que o
ex-tenente-coronel SS Adolf Eichmann estivesse “de acordo ou teria sido
capaz de praticar crueldades ou atos criminosos.” Ele foi sequestrado
na Argentina e levado para Israel. Os irmãos dele tentaram conseguir um
tribunal internacional e não um israelense, e pediram ajuda à Igreja.
Isso levou o bispo Hermann Kunst, representante da EKD
no governo federal, a enviar a carta de Mensing-Braun para o Ministério
das Relações Exteriores pedindo uma votação “pelo menos interessante.”
Mas a tentativa foi mal sucedida. Em Jerusalém, Eichmann foi condenado e executado.
Fonte: Genizah
Nenhum comentário:
Postar um comentário